quarta-feira, 31 de julho de 2013

Risoto Italiano de Cogumelos Secos fechando o semestre

Mais um mês que vai fechar com 12 receitas!
Hoje, quando olho para a trajetória (ainda curta) do blog vejo quanta coisa foi acontecendo nestes seis meses, paralelamente ao fogão. E isso de estar mantendo um padrão de produção mensal me surpreende porque disciplina e organização nunca foram minhas características e fico me questionando se eu estou realmente mudando ou se o blog sou eu num mundo paralelo...
Por outro lado, o que tenho percebido é que, assim como no filme Waitress, cada vez que alguma coisa 'da vida real' me incomoda durante o dia, a primeira coisa que vem na minha cabeça é o que fazer pro jantar. A cozinha, cada vez mais, virou uma ocupação que me esteriliza dos pesos que vão se acumulando durante o dia.
E essa reflexão toda não é gratuita. O prato de hoje sempre esteve naquela lista 'esse-eu-não-sei-fazer' e em determinado momento se transformou em uma expectativa (ou seria esperança?). E por mais que adore risoto e todos os tipos de cogumelos, sequer me ensaiei a fazê-lo porque projetei no prato que um dia me foi prometido a página virada de vez, o que no final ficou em Nárnia, mas ok. Pior: cada vez que eu comentava 'esse-eu-não-sei-fazer', recebia novas propostas e o clássico 'vou fazer pra ti' era ouvido e repetido por pelo menos uns 5 anos em episódios dos mais diversos!
E os funghis sempre lá em casa, normalmente virando molho. Ótimos, mas a expectativa daquele bendito risoto e do clímax da comédia romântica continuavam lá. Mesmo quando não estavam mais, pra quê encher de realidade e dar uma cara e um sabor pro que a mente já tinha feito na perfeição?!?!
Então... o dia em que abri o livro e decidi que este seria o prato da janta só podia trazer junto impressões muito além das panelas. O que é uma delícia de prato? Como diz uma amiga minha, vinho bom é aquele que se toma em boa companhia.
Dá pra medir a qualidade do prato pela quantidade de sal ou a nobreza dos ingredientes? Fácil é um prato que leva menos de 20 minutos pra ficar pronto?
É... esta talvez tenha sido a minha receita mais difícil: encerrar as fantasias e encarar a vida real depois que sobem os créditos com zero de glamour. Para isso, precisei de umas várias taças de vinho, duas pós graduações, uns meses (uns 70 talvez...) de digestão, amigas (tks Lord!) e de:
20 gramas de cogumelos secos
2 xícaras de arroz arbóreo
4 colheres de manteiga
2 colheres de cebola picada
vinho branco seco (usei Chardonay)
1 litro de caldo de carne
50 gramas de parmesão ralado
sal
Como fazer:
Comece colocando uma boa música pra acompanhar a primeira taça de vinho. Depois, lave bem os cogumelos e coloque-os de molho por 30 minutos em uma xícara de água fervente. Escorra, reserve o líquido e pique os cogumelos;
Coloque metade da manteiga e a cebola em uma panela larga e pesada, pra poder ficar com uma mão livre pra ir pegando os ingredientes, dançando, servindo mais vinho... Leve ao fogo e refogue até que a cebola esteja transparente. Coloque o arroz e misture bem para envolver todos os grãos na manteiga. Acrescente os cogumelos picados e refogue por mais um minuto.
Regue com meia xícara de vinho branco e deixe absorver.
Sirva-se de mais uma taça e dance!!!!
Acrescente a água reservada dos cogumelos e vá regando com o caldo concha a concha misturando constantemente até o arroz estar al dente (de 15 a 20 minutos). Tempere com um pouco de sal.
Apague o fogo e acrescente o parmesão e a manteiga restante e misture bem. Tampe a panela e deixe descansar por mais 5 minutos antes de servir.

Como ficou? Com sabor de realidade, ora!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Pão de Batata na lixeira

Essa receita não é para principiantes. Isso não quer dizer que seja difícil, mas como não diz exatamente a quantidade de farinha, só quem já fez pão vai conseguir achar o ponto certo. Acho que vale a pena tentar, mas também acho que a receita deveria dizer qual seria a quantidade mínima - acho pouco provável que alguém faça com menos do que meio quilo, é importante ter um parâmetro até pra sabermos se temos quantidades suficientes.
Vamos aos ingredientes:
  • 50 g de fermento biológico
  • 4 batatinhas cozidas e espremidas (eu bati no liquidificador com os ovos e manteiga)
  • 2 copos de leite morno
  • 1 colher (sopa) de açúcar
  • 1 colher (sopa) de sal
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • 4 gemas
  • 2 claras
  • Farinha de trigo o quanto baste
Nesse dia, estava numa baita gripe e imperava a lei do menor esforço, apesar de ser o início das férias e estar louca por uma comida novinha e quentinha, já que o almoço tinha sido um belíssimo risoto requentado! Então, tudo que pude fui batendo no liquidificador, em etapas, pra não fugir muito da receita original, que manda fazer assim:
 
1 Bata no liquidificador o fermento, o leite morno e o açúcar.
2 Junte, depois, os outros ingredientes e vá adicionando farinha e amassando. Amasse até que a massa se solte das mãos (não usei as mãos, fui misturando com uma pá de silicone mesmo).
3 Coloque a massa em uma tigela e cubra-a com um pano.
4 Deixe o pão crescer por cerca de uma hora ou até que dobre de volume. Coloque em uma assadeira e deixe crescer por 20 minutos. Asse em forno quente.
Aí deu tudo errado. Não sei se foi a gripe, a receita ou urucubaca mesmo, mas de pão não tinha nada. Dá pra ver que cresceu bem, visualmente estava tudo certo e tinha muita perspectiva de ficar incrível, mas mesmo torrado por fora, por dentro continuava uma coisa gosmenta, úmida. Não gostei e só não joguei fora na hora porque pensei que frio podia ficar diferente. Até ficou, mas ruim igual. Foi pro lixo e pra eu não terminar o dia me odiando, experimentei outra receita e fui de Pão de Hambúrguer. Ok, essa deu super certo e deu pra esquecer a raiva de jogar comida fora! 

sábado, 27 de julho de 2013

Mini bolo de microondas

A receita original era desses bolos de caneca, mas eu sempre achei que era muita coisa pra uma pessoa só, então achei que seria uma boa ideia não fazer na caneca, mas em um pote pequeno desses próprios pra freezer e micro-ondas.
Ingredientes:
4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo (dessas quatro, uma usei farinha branca e outra de ração humana);
3 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de amêndoas e tâmaras picadas
1 ovo inteiro
3 colheres (sopa) de óleo
4 colheres (sopa) de água
1 colher (café) de fermento em pó

É tão fácil que uma criança de 6 anos conseguiria fazer sozinha! Basta misturar tudo, colocar um pote levemente untado e levar ao micro-ondas por 6 minutos.

Na minha opinião, dá pra cortar ao meio, rechear e ainda colocar cobertura. Uma alternativa ótima pra fazer aquele bolinho só de 'cantar parabéns', sabe? Ou servir assim sem nada, um lanchinho no meio do filme de domingo, ou uma energia pré academia.  
Em síntese, cozinhar é fácil!!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sopa Castelhana para a dieta Dukan

Vejam que mesmo em 1942 a Dona Benta já era bem moderninha e tinha receitas que não levam nada de carboidrato e nem uma única gota de gordura! Isso eu descobri na noite mais fria do ano até agora ao procurar uma receita de sopa para fazer com os ingredientes que tivesse em casa. Que fique bem claro, eu não estou de regime, mas sempre tem uma amiga que tá 'nessa' ou 'naquela' fase da dieta e mulheres SIM, são solidárias, aí se aprende uma ou outra coisa...
Então vamos ao que interessa:
Cozinhe 5 tomates bem maduros, picados, em 2 xícaras de água. Depois passe-os pelo liquidificador e devolva para a panela com mais duas xícaras (eu usei uma só) de caldo de galinha, uma colher (sopa) de cebola picada e um pimentão verde bem picadinho.
No livro, a sugestão é servir com torradinhas.
Eu deixei ferver bem até os legumes se desmancharem e para dar uma 'encorpada' no caldo e optei por não comer com pão, mas direto na minha caneca de sopa!
A outra vantagem é que com o frio sempre acabamos nos passando nos alimentos mais pesados, muitas vezes de difícil digestão, e tanto o tomate quanto a cebola tem boa função diurética, ajudando a eliminar as toxinas do nosso organismo (e se não picarmos tudo tão miudinho e processarmos demais, ainda ajudam na sensação de saciedade!). O pimentão e o tomate também são ricos em vitamina C, o que é uma mão na roda nesses dias frios, e o betacaroteno (pela foto dá pra ver que meu pimentão era vermelho) ajuda na diminuição do risco de desenvolvermos doença arterial coronariana.
Não dá nem pra pensar em sopa de pacotinho, né?
 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Espaguete na manteiga

Eu sou a rainha da geladeira vazia, até eu mesma fico impressionada com a capacidade de ir tantas vezes ao supermercado e padaria e estar sempre sem nada em casa.
Mas aqui está a prova de que tudo tem jeito, dá pra fazer um prato delicioso mesmo com quase nada em casa.
 
Receita da página 382:
Cozinhe 300 gramas de espaguete em 2 litros de água e sal.
Escorra e junte ao macarrão cozido 3 colheres de manteiga amolecida, acrescente parmesão ralado e sirva. Eu ainda coloquei umas raspinhas de limão siciliano por cima.

sábado, 20 de julho de 2013

Espinafre à moda de Florença

Eu escolhi essa receita de espinafre porque quando eu era criança, na minha casa espinafre crescia como grama, então eu já tinha comido dos mais variados modos possíveis, mas nunca como nessa versão.
Achei rápida, prática, fácil e ainda aproveitei pra usar os pãezinhos que tinha feito na semana e ficaram meio ressecados porque cortei com moldes pequenos.
Na minha opinião, são ótimas entradas ou alternativa pra uma refeição informal, daquelas que a gente leva pra cama pra comer vendo filme num dia de chuva.
A receita é muito simples: basta ferver por 5 minutos as folhas de um maço de espinafre e depois aperta-las bem pra sair toda a água e esperar esfriar. Junte 2 colheres de queijo ralado (quanto melhor o queijo, melhor o resultado), 2 de creme de leite e meio limão espremido. Coloque as porções sobre torradinhas ou fatias de pão e leve ao forno pré-aquecido por 5 minutos.
Reconheço que a foto ficou péssima, mas podem ter certeza que o resultado é ótimo!
Fiquei curiosa quanto ao nome, porque acho importante que as referências à uma região sejam honestas, então fui buscar informações e encontrei essa historinha na internet, que deixo registrada pra acompanhar o prato:
"A' la Florentine" é um termo francês que significa "no estilo de Florença, Itália". Este termo pode ser usado para descrever muitos pratos que utilizam espinafre como o ingrediente principal. "Alla Fiorentina" surgiu na Itália por causa do desejo que uma mulher tinha de consumir espinafre.
 
Nascida na Itália, Catherine de Medici, que deixou Florença para casar-se com um Rei francês, tinha dois amores. O fetiche de Catherine pelo espinafre a levou a ingeri-lo em todas as suas refeições. Os chefes de cozinha do rei foram obrigados a desenvolver inesgotáveis formas para apresentar este prato, e assim nasceu "A´ La Florentine".
 
Podem ter certeza que vou procurar mais receitas A'la Florentine

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pão integral de microondas

Há novidades no Front!
Eu sempre fiz atividade física, muito mais por necessidade do que por ser apaixonada por exercícios, mas nos últimos meses andava matando a academia vergonhosamente, sem diminuir um único copo de cerveja da minha dieta, o que para quem tem hiperglicemia não é nada positivo.
Então, depois de incansáveis investidas, meus colegas de trabalho finalmente me convenceram a participar do grupo de corrida do hospital e foi assim que comecei a correr há duas semanas. Com isso, a alimentação volta a ser uma preocupação, no bom sentido claro, porque a finalidade passa a ser também a de preparar o organismo pra atividade e cooperar no rendimento de cada treino.
Assim, mais frutas e legumes, que andavam mais do que esquecidos e reforço na proteína, passaram a personagens principais. E nessa procura por coisinhas novas, achei uma receita de um pão muito fácil, rápido, funcional e delicioso. A receita é daquelas dietas sem carboidrato e descobri no blog Pitadinhas, mas é claro que alguma coisa eu ia mudar - ou não seria eu! No lugar das seis colheres de ingredientes secos, usei 3 de farinha integral (com farinha branca fica horrível), uma de farinha de linhaça, uma de aveia e uma de uma mistura que chamam de 'ração humana'.
Achei que deu muito certo e já começo a pensar nas variações...
Rende dois pães, mas penso em fazer 3 na próxima vez, porque no final achei que ficou um sanduíche meio grande. Daqui pra frente, café da manhã sempre com pão novinho e saudável!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Filé de abrótea ao molho meunière e batata sautè

Andei pensando que várias vezes eu escrevo que a receita foi fácil, não deu trabalho e foi rápida. Mas esses conceitos são subjetivos e podem variar de pessoa pra pessoa, então aproveitei o domingo pra cozinhar sem pressa e achei que valia a pena ver quanto tempo ia levar pra ficar tudo pronto, desde temperar o peixe até montar o prato.
A receita já tava escolhida,  filé de abrótea ao molho meunière e batata sautè.

Liguei o cronômetro logo quando abri o livro, antes mesmo de separar os ingredientes, e desliguei só na hora de fotografar. E o reloginho tá aí do lado pra provar! Nesse tempo, temperei o peixe e coloquei pra assar no forno baixo, todo o resto fiz nesse intervalo e, como podem ver, não deu nem 1 hora e meia! Pra mim, isso é uma receita feita com calma e paciência, deu tempo até de ir lavando a louça que ia sujando. Mas como era domingo... dá pra conversar, tomar uma cerveja, ouvir música...

Sobre a receita, ou melhor, as receitas, vamos por partes:
  • O peixe eu temperei com lemon and pepper desidratados. Optei por não fritar na manteiga, então levei ao forno médio com pouco azeite e, como os filés eram finos, em uns 30 minutos estavam assados.
  • Molho Meunière: é só misturar todos os ingredientes - 100 gramas de manteiga, 2 colheres de sopa de limão, 1 pitada de sal, 1 de pimenta branca e 2 colheres de sopa de alcaparras - em uma frigideira. Quando a manteiga começar a derreter, diminua a chama do fogo e vá mexendo até misturar todos os ingredientes.
  • Batatas sautè: cozinhe as batatas com casca em água fervente. Cuide para que não fiquem moles demais. Escorra as batatas e espere esfriar para descascar. Corte em fatias de 1 cm. Aqueça a manteiga em uma frigideira e acrescente as batatas, deixe que dourem levemente. Tempere com sal, pimenta do reino e salpique com salsinha fresca.
 
Como dizem as Julias, tudo fica maravilhoso com manteiga! Claro que não dá pra fazer isso toda semana, senão não tem chá, academia e nem stent que salve as artérias do cidadão, mas que é uma delícia, isso é!

sábado, 13 de julho de 2013

Risoto Italiano de Açafrão

Uma escolha acertadíssima! Acertei na receita, na mão, na fome...
Uma receita deliciosa, simples e saudável.
É feita com 2 xícaras de arroz arbóreo, 20 gramas de tutano de boi (opcional), 3 colheres de sopa de manteiga, 2 colheres de sopa de cebola picada, 1/2 xícara de chá de vinho branco seco, 1 litro de caldo de carne fervente, 1 envelope de açafrão, 50 gramas de queijo parmesão ralado e sal.
 
Como preparar:
1. Coloque metade da manteiga em uma panela. Passe o tutano por uma peneira e acrescente-o à manteiga. Coloque a cebola picada, refogue até que a cebola esteja transparente, coloque o arroz e misture bem para envolver todos os grãos em manteiga.
2. Regue com vinho branco e deixe absorver; acrescente o açafrão e vá regando com o caldo concha a concha até o arroz estar al dente e misturando constantemente, por cerca de 18 minutos; tempere com um pouco de sal.
3. Apague o fogo e acrescente o parmesão e a manteiga restante. Misture bem. Tampe a panela e deixe descansar por mais 5 minutos.
Amei, amei e amei!
Não precisa ter super poderes, basta deixar os ingredientes separados e ter paciência pra ir acertando o ponto aos pouquinhos. Dessa vez só não me arrependi de fazer meia receita porque senão ia ter comido duas xícaras de arroz fácil!!
E por coincidência total, esta semana acabei lendo uma matéria bem legal sobre novos benefícios descobertos do açafrão, quem quiser dar uma olhadinha, tá no site Diário da Saúde.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ravioli de queijo minas e ervas

Hoje foi dia de botar a mão na massa!
Como eu falo sempre, misturar uma farinha e uns ovos me faz um bem... Coisa do sangue italiano que não faz a menor questão de ficar em segundo plano - e nem deve. Tudo começou assistindo o filme A Grande Noite, uma delícia de história de dois irmãos italianos tentando ensinar aos americanos que a culinária italiana é muito mais do que espaguete com almôndegas - estou me ensaiando para tentar fazer um Timpano... mas acho que preciso de mais amigos reunidos pra fazer um prato dessas proporções!
Bem, a receita é de uma massa básica para diferentes tipos de pasta:
 
Ingredientes:
1/2 quilo de farinha
6 ovos
salmoura
 
Sabe aquela técnica do vulcão? Essa é a hora. Faça um furo no monte feito com a farinha e junte os ovos. Misture bem e vá incorporando a salmoura até dar o ponto, a massa tem que ficar bem elástica, o suficiente pra poder abrir o mais fina possível com um rolo ou na máquina.
Aberta, deixe descansar entre dois guardanapos por uma meia hora. Enquanto isso, fiz o recheio: queijo minas, mostarda e ervas frescas (salsinha e cebolinha, era o que tinha de bom na minihorta), tudo bem misturado no processador.
Para quem não tem os utensílios de cozinha perfeitos para cada prato, no caso aquelas formas para raviole, depois de abrir como está aí na foto, é só ir colocando os montinhos de recheio e dobrar a massa ao meio (no caso, na longitudinal). Depois, é só cortar na volta do recheio, pressionando bem pra 'colar' as bordas.
Eu usei um molde quadrado de biscoitos, mas uma taça de licor também funciona super bem!
E lembram da receita pra casquinha de siri? Sobrou um monte e usei pra fazer o recheio de metade da receita.
Pra cozinhar, água fervente com sal.
Coloque poucas unidades na panela e assim que elas boiarem, retire com uma escumadeira.
Por fim, é só escolher o molho e servir.
Para acompanhar este de queijo e mostarda, fiz o molho de manteiga com limão e pimenta - é só derreter a manteiga, juntar o suco de limão e acrescentar as pimentas moídas na hora.
Uma delícia pra qualquer massa!!

domingo, 7 de julho de 2013

Madalenas: o bom, velho e honesto Escondidinho

Sou resistente a modernismos, principalmente se as modificações surgem pra fingir alguma elegância em detrimento da tradição.
Evidente que sobre a comida eu não seria diferente. O nome de cada prato reflete toda uma cultura, nos permite identificar sua origem, o contexto em que foi elaborado, quem era aquele povo e o que produziam... Alguém imagina feijoada de filé mignon? Acho um sacrilégio...
Admito o preconceito, mas 'carbonara vegetariana' ou 'light' não dá!
Feito o desabafo inicial, isso é tudo pra explicar minha inconformidade ao preparar a receita de Madalenas de Carne Moída. Juro que tentei buscar referências sobre a origem do prato, sem sucesso. Alguém, em sã consciência, olha para esse passo a passo aqui do lado e não lê em alto e bom tom ESCONDIDINHO?
Pois é... mas para a Dona Benta, isso é uma Madalena (assim como a tal carne guisada era picadinho de carne).
Bom, super disposta a receber as críticas e sugestões, aguardo ansiosamente que me expliquem essa denominação.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Quem são essas pessoas que cozinham?

Outro dia aconteceu uma situação nova.
O blog começou como uma forma de uma amiga que mora em SP poder acompanhar as receitas, ver o que funciona e poder fazer as devidas harmonizações - já que a praia (praia, serra, vale...) dela é o vinho. Por causa disso, nunca fiz questão de divulgar muito e continuo me surpreendendo com a quantidade de leituras diárias!
Aí, eis que eu estava em um bar com uma amiga e começamos a falar de comida e ela me fala: "aquele blog não é teu?". Surpresa! Como assim? Minha resposta foi meio que automática ‘ah, eu tenho um blog... mas ninguem lê’ e ela falou ‘eu leio! Sempre fico pensando quem são essas pessoas que cozinham...’
Então... eu sou "essas pessoas que cozinham". E tenho leitores, vejam só! Ou melhor, veja EU, que não fazia ideia de que em tão pouco tempo ia ter uma média de 50 visualizações diárias.
Eu não tenho utensílios caros, uma cozinha super ampla e bem equipada e muito menos um auxiliar que limpe a bagunça. Eu tenho vontade de aprender, muita. E tenho prazer em comer, acho que isso é fundamental.
A gente não come só pela nutrição, apesar dela ser a parte fundamental da refeição. Mas a gente tem que ter prazer no dia a dia das panelas e pratos, encontrar o sabor que combina com o momento: o conforto para um dia pesado, o consolo para um dia de perdas, o calor para uma volta fria pra casa, é isso que levamos para a mesa na hora da janta.
Mas hoje eu não vou levar nada à mesa, ou melhor, hoje eu entro com a fome, a curiosidade e a ansiedade, porque eu é que serei recebida!